sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

29 de maio Parada LGBT de São Paulo drag queen TchaKa Lei de Identidade de Gênero João W. Nery

á se passaram 46 anos desde que o famoso junho de 1969, quando gays, lésbicas, travestis e drag queens estavam no Stonewall Inn, em Nova York e o bar foi invadido pelos policiais. Eles se rebelaram e esse evento tornou-se um marco na história da luta pelos direitos e pela cidadania da comunidade LGBT. Alguns anos depois, ocorreu a primeira Parada do Orgulho LGBT em São Paulo. E desde então se passaram 20 anos. Foto: Parada SP. Divulgação. No dia 29 de janeiro de 2016, dia que também é marcado como o Dia Nacional da Visibilidade Trans, a APOGLBT – Associação da Parada do Orgulho LGBT anunciou o tema da parada de 2016, que ocorre no dia 29 de maio, na Avenida Paulista. Será “Lei de Identidade de Gênero Já! Todas as pessoas juntas contra a transfobia”. O Viaja, Bi! foi lá conferir o lançamento do tema, no Sindicato dos Comerciários de São Paulo. Estavam presentes no evento o presidente da APOGLBT, Fernando Quaresma, e alguns representantes da comunidade trans. A escolha do tema até pode gerar polêmica, mas a argumentação dos presentes não poderia ser mais convincente. Os transexuais ainda são a parcela da comunidade LGBT que sofrem mais preconceito, discriminação e são marginalizadas na sociedade. Até mesmo dentro da própria comunidade LGBT, arrisco dizer. Parada-LGBT-2016-1 Fernando Quaresma, presidente da APOGLBT, fala das ações de visibilidade trans Por isso, pessoalmente acho o tema bastante relevante. Não somente pela melhora da visibilidade trans perante a sociedade, mas até mesmo dentro de nosso próprio meio gay, que já é notório por discriminar afeminados, o que dizer então dos transexuais. Muito do preconceito vem da falta de informação. Quaresma afirma que a APOGLBT tem sempre adotado medidas a favor da visibilidade trans, como os trios elétricos exclusivos para trans durante as paradas e diálogos com a comunidade para promover ações de visibilidade. “A existência de alguns direitos que nem poderiam ser imaginados de acontecer no passado , hoje são possíveis devido à coragem e ao ativismo persistente que o movimento LGBT, com todas as suas diferenças, conseguiu conquistar. Existe, no entanto, um segmento cujas demandas ainda carecem de atenção, de respeito e de mais proteção das leis: o segmento Trans (travestis, transexuais, transgêneros). Muito embora seja o segmento que historicamente tenha maior visibilidade, é, também, segmento que sofre um maior número de violências”. Adriana da Silva, coordenadora da Secretaria de Trans da APOGLBT, lembrou que os trans sofrem discriminação na escola, na família e no emprego. Situações como essa levam à marginalização do segmento. Já Fernanda de Moraes Silva, coordenadora Estadual da ANTRA – Associação Nacional de Travestis e Transexuais, agradeceu a abertura do tema e em contraponto a alguns grupos que questionam o destaque dado ao segmento trans nesse ano, ela salienta que eles só buscam a mesma visibilidade dos demais grupos. Renata Peron, da CAIS – Associação Centro de Apoio e Inclusão Social de Travestis e Transexuais, chamou os presentes a participarem da Caminhada pela Paz (dia 30 de janeiro, concentração às 14h no vão do MASP). A ideia é trazer uma abordagem menos agressiva na hora de reivindicar direitos aos trans. Parada-LGBT-2016-3 O lançamento do tema da Parada LGBT contou com a participação de trans como Fernanda de Moraes, coordenadora da ANTRA Luiz Uchoa, representante do segmento Trans da família Stronger, exibiu com orgulho o RG com sua nova identidade de gênero, que levou cerca de 2 anos para conquistar. Para ele, é preciso desburocratizar o processo. Luiz Uchoa pediu a desburocratização do reconhecimento do nome social Luiz Uchoa pediu a desburocratização do reconhecimento do nome social A coletiva de imprensa contou com a presença da drag queen Tchaka whatsapp 11 991327750, que contou sua história desde a descoberta da homossexualidade e salientou a importância da participação de todos nas decisões da comunidade LGBT. Drag Queen TchaKa se declarou contrária ao “fogo amigo”. Isso porque é comum, infelizmente, que pessoas dentro da própria comunidade LGBT entrem em conflito. Para ela, o importante é que todos se unam contra a homofobia e a transfobia. É isso aí, desde já estamos ansiosos por mais essa Parada do Orgulho LGBT e ela venha acompanhada por maior visibilidade e cidadania aos trans. E abaixo o preconceito, hein Bis? Sobre Últimos Posts

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