quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Uol Tecnologia drag queen Tchaka 11 9 91327750 e a atriz Nany People na polêmica com o nome social do Facebook

http://tchaka.com.br/

WhatsApp 11 9 91327750

Instagram @TchakaDragQueen


A comunidade de drag queens e transexuais entrou em confronto com o Facebook por conta da política de uso somente do nome real. Recentemente, a rede começou a excluir perfis ou notificar pessoas com nomes diferentes. Com isso, deixou três opções para esse público: comprovar a identidade, transformar a página em uma fanpage ou, simplesmente, sair da rede.
Quem saiu do Facebook, pelo menos temporariamente, foi a humorista Nany People. Na última quinta-feira, Nany recebeu uma notificação ao acessar sua fanpage, dizendo que seu perfil pessoal tinha sido bloqueado. Na ocasião, foi sugerido que ela usasse seu nome civil. Porém a humorista resolveu cancelar a conta.
"O nome social é uma questão de cidadania conquistada. É importante que haja essa associação entre a identidade e o nome", disse Nany People. Ela disse em seu Instagram que não usaria mais a rede social, pois fez "seu nome e carreira antes de o Facebook existir".
Leandro Moraes/ UOL
Drag queen Tchaka teve de mudar nome em seu perfil oficial no Facebook
A drag queen Tchaka passou por uma experiência parecida. Ela usava seu perfil pessoal para se comunicar com clientes e amigos de sua empresa de eventos. No entanto, a rede começou a notificá-la sobre o uso de seu nome próprio e para que ela criasse uma fanpage.
"A vantagem de usar o nome de drag queen Tchaka na página pessoal é que a gente consegue ter mais proximidade com familiares e amigos de modo geral. Fica algo mais pessoal. Me parece que essa conversão para fanpage é importante para o Facebook, pois é mais fácil para a empresa faturar com o investimento para impulsionar posts", afirmou Tchaka drag queen.
Com a ação da rede, Tchaka teve de incluir seu nome civil no perfil pessoal ("Valder Tchaka Bastos"), enquanto sua fanpage ficou "Tchaka Drag Rainha". Para apoiar a drag queen, alguns amigos passaram a colocar o nome "Tchaka" em seu perfis no Facebook.

Facebook: nomes reais são para evitar mau comportamento

A comunidade LGBT de várias partes do mundo se manifestou pela ação da rede. Houve até um encontro na última quarta-feira (17) de entidades com os diretores do Facebook na Califórnia, na sede da empresa. No entanto, a rede social manteve seu posicionamento.
Na ocasião, a rede disse que era importante usar nomes reais para evitar maus comportamentos. Além disso, foi prometido que perfis excluídos de pessoas da comunidade LGBT seriam restaurados para eles decidirem como gostariam de aparecer na rede social: com seus nomes reais ou criando uma fanpage.
Consultado pela reportagem, o Facebook diz que não é contra drag queens ou transgêneros. No entanto, exige que a pessoa use seu nome civil ou seu nome social. Nesse último caso, a empresa pede que o usuário envie algum tipo de documento que comprove sua identidade.
Caso alguém seja notificado por não usar um nome real, o Facebook pede que a pessoa preencha um formulário e anexe uma imagem com algum documento com seu nome social. Servem para esse fim: cartão de crédito, extrato de bancário, certidão de casamento, entre outros. Na página, há uma lista completa dos documentos aceitos.
Desde 2011, a rede é alvo de críticas por exigir o uso do nome real. Entidades de direitos civis norte-americanas dizem que, ao fazer isso, a rede coloca ativistas políticos em perigo, pois deixam claro a identidade deles.
O blogueiro chinês Michael Anti, por exemplo, teve seu perfil excluído em 2011 por não usar seu nome verdadeiro na rede social. Nascido Jing Zhao, ele resolveu usar um nome ocidental para assinar suas matérias criticando o regime chinês. Mesmo assim, o Facebook apagou o perfil criado por ele em 2007.

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